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II Encontro da Rede OMT debate o Desenvolvimento Regional Paraense

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IFPA promove debate sobre as Experiências sobre Observatórios do Mundo Trabalho na Região Amazônica

 

O Setor de Egressos e Observatório do Trabalho (SEOT), ligado à Pró-reitoria de Extensão (Proex), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), realizou o II Encontro da Rede Observatório do Mundo do Trabalho (Rede OMT). O evento ocorreu, na segunda-feira, 25 de fevereiro, no Auditório do Centro de Tecnologias Educacionais e Educação a Distância (Ctead), localizado na Reitoria do IFPA.

Sob a coordenação da presidente o OMT Central do IFPA, Pedagoga M.Sc. Fernanda Cristina Corrêa Lima Coimbra, o evento começou com um período formativo composto por palestra, debate e uma Mesa Redonda abordando sobre Experiências sobre Observatórios do Trabalho na Região Amazônica como desafios do Mundo do Trabalho. À tarde foi dedicada à reuniões em que os presidentes dos OMTs dos campi e Central puderam compartilhar suas experiências e avanços por meio dos Relatos de Experiências. Todo o evento foi transmitido ao vivo pela Assessoria de Comunicação do IFPA (Ascom) pelo Youtube e poderá ser acessado na página. (incluir link)

Na abertura do Encontro da Rede OMT, o Reitor do IFPA, Prof. Dr. Claudio Alex Jorge da Rocha, ressaltou que Observatório do Trabalho é resultado da política aprovada pelo Conselho Superior do IFPA por meio da resolução Nº 483 de novembro 2017 e das articulações decorrentes.  “É fundamental que esta articulação ocorra na medida em que se efetiva nossas ações institucionais e estude os impactos dessa atuação no território de abragência de nossos campi. Temos que tratar destes assuntos com nossos servidores, alunos e parceiros. Estamos em fase de consolidação dos OMTs nos campi, sempre avançando. As ações do Observatório são fundamentais para que possamos ofertar cursos e ações em ensino, pesquisa e extensão voltadas para o desenvolvimento de nosso Estado”.

O Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional (Prodin), Prof. M.Sc. Raimundo Nonato Sanches de Souza, presente na mesa diretiva, destacou que a ação da Proex, em relação à Rede OMT, servirá de base para os trabalhos que o IFPA precisa desenvolver para definir novos cursos em consonância com a necessidade das regiões onde atua. “Precisamos muito identificar os arranjos produtivos locais e regionais para poder fazer uma oferta mais assertiva dos nossos cursos para cada região e garantir, no futuro, a empregabilidade de nossos egressos”, afirmou Sanches.

Desenvolvimento Regional

Na sequência, ocorreu a palestra “Abordagens da Teoria do Desenvolvimento Regional na perspectiva do OMT Castanhal” proferida pelo professor do IFPA Castanhal, Dr. Dayan Rios Pereira.  Ele apresentou dados sobre a Amazônia com indicadores econômicos (PIB e PIB per capita) acima da média nacional.  “O problema central de nossa região é o Modelo de Desenvolvimento Regional, com elevado índice de concentração de renda e não efetividade das Políticas Públicas adotadas no âmbito municipal, estadual e federal”.  

Professor Dayan afirma que não basta só fazer pesquisas é preciso trabalhar em Rede, de forma integrada, coletiva. Cita, por exemplo, que só o IFPA Castanhal abrange pelo menos 20 municípios no entorno. Destaca, para tanto, a importância de o OMT Castanhal, e a Rede como um todo, desenvolver pesquisa aplicada que atenda efetivamente as necessidades da sociedade.

Mesa Redonda

“Experiências sobre Observatórios do Trabalho na Região Amazônica”, foi o tema da Mesa Redonda, mediada pela Diretora de Extensão e Relações Interinstitucionais do IFPA, Suezilde da Conceição Amaral Ribeiro, com a participação dos Professores Dr. José Raimundo Barreto Trindade e Dr. Gaincarlo Frabeti, ambos do Observatório Paraense do Mercado de Trabalho (Opamet) da Universidade Federal do Pará (UFPA); Edward Pascoal Figueiredo Gonçalves (IFPA); a Presidente da Comissão Permanente do OMT do Instituto Federal de Roraima (IFRR) M.Sc. Marcele Marília Costa de Brito; o Diretor da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), sociólogo Pedro Lúcio Santa Rosa da Luz.

De acordo com Prof. Trindade, os observatórios enquadram-se no objetivo de ter um sistema confiável de dados, sobre emprego e renda no país, úteis para fornecer uma base de informações de intermediação de mão de obra, exemplificou. É claro que as informações sobre o mercado de trabalho não são simétricas. Mas, permitem ter acesso aos microdados sobre o tema para estudar as tendências de mercado.

O Prof. Pascoal (IFPA) e a Presidente do OMT do IFRR,  Marcele Brito, resgataram um pouco o histórico do Observatório Nacional do Mundo do Trabalho. Destacaram que este foi criado em 2007 e que serviu nortear as atuais propostas de institucionalização dos OMTs na Rede Federal de Educação Profissional Técnica e Tecnológica.

O Prof. Pascoal apresentou um pouco da experiência da participação do antigo Cefet/PA no Núcleo do Observatório Nacional na Região Norte. “Era um projeto que tinha três vertentes: setorial, ocupacional e educacional. Pretendia-se o acompanhamento dos egressos da Educação Profissional em relação ao Mundo do Trabalho. Mas tivemos dificuldades de obter informações sobre os egressos, pois não dispúnhamos de um sistema confiável. Agora temos o Sigaa. O legado do Observatório Nacional foi o incentivo a criação e implantação dos observatórios pelos institutos”, recorda-se.

"A política adota pelo IFRR tem como referencia as diretriz preconizadas pelo Observatório Nacional, que se apresentava como um espaço estruturado para sistematizar, articular, integrar e disponibilizar as informações sobre discentes, os egressos e o mundo trabalho (estágio, empregos, empreendedorismo, cooperativismo e associativismo, concursos e seleções, oferta de educação), e disponibilizar indicadores. De forma específica, tinha por objetivos sistematizar e disponibilizar as informações do mundo do trabalho e da EPT em nível municipal, estadual, regional e nacional; caracterização social, econômica e política; políticas e estratégias de desenvolvimento sustentável; vocações e potencialidades existentes, emergentes e potenciais; arranjos produtivos, sociais e culturais; estudos e pesquisas do mundo do trabalho e emprego”, ressalta Marcele Brito.

Sobre os desafios a ser enfrentados pelo OMT/IFRR, Marcele enumera: a conscientização dos vários seguimentos da instituição sobre a importância do Observatório; a construção do diálogo entre ensino, pesquisa e extensão; o fomento a realização de pesquisas aplicadas e utilização destas no desenvolvimento institucional; a promoção de estudos específicos que subsidiem a tomada de decisão; bem como, o fortalecimento do diálogo com o mercado de trabalho local e regional.

No mesmo sentido, a Coordenadora do Seot do IFPA, Fernanda Lima, relatou que a atual Política da Rede OMT do IFPA vem sendo consolidada desde 2015. “Nossa Rede OMT deve ser consolidada com 19 unidades, sendo 18 campi e a Central. Juntamente com a Política de Atendimento aos Egressos, por meio do desenvolvimento de pesquisa institucional, apoiada pelos Comitês Gestores de Atendimento aos Egressos (Cgipes), para elaborarem os Planos de Intervenção para o atendimento efetivo aos formados pelo Instituto. Permitindo a estes  realizarem a escolha por fazer outro curso ou buscar especialização. Além de outras ações de manutenção do seu vínculo com nossa instituição. Para tanto, disponibilizamos o portal de egresso no Sigaa que contempla a consulta pública de informações como: mural de oportunidades (divulgação de cursos, vagas de empregos, concursos, seleções e eventos). No mesmo ambiente, o egressos tem acesso aos contatos dos  Cgipes, visando fortalecer o nosso vínculo”, conclui.

Relatos e trocas de experiência dos OMTs dos Campi

Além da participação presencial dos representantes dos OMTs de Abaetetuba, Belém, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal e Conceição do Araguaia, acompanharam online os OMTs de Paragominas, Paraupebas e Marabá Industrial.  O evento contou, ainda, com a presença dos representantes do Observatório do Mundo do Trabalho do Instituto Federal de Roraima, Marcele Marília Costa de Brito, e do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), representado pelo Professor José Estanislau Santanna de Souza.

A Coordenadora de Extensão do Campus Breves, Essia de Paula Romão, ao fazer o relato dos avanços e desafios enfrentados em sua unidade, compartilhou inquietações comuns aos 18 campi do IFPA. Ela destacou que o isolamento geográfico da Ilha do Marajó limita as ações do Instituto Federal lá, mas não os impede de avançar na consolidação das políticas. “Entrei na coordenação da Extensão em 2017, eram apenas duas pessoas atuando, foi um período de construção, de lá para cá avançamos muito. Em 2018, os nossos desafios foram criar vários núcleos como, por exemplo, o acompanhamento de egressos, Cgipes, OMTs, NAC, NEL, Centro de Idiomas e curricularização da extensão. Estamos encaminhando para a implantação do Neab e de uma Empresa Júnior. Nem todos estão em pleno funcionamento, mas conseguimos a portaria e pessoas para ficar à frente, estamos ainda em construção, institucionalização das resoluções, trazer a identidade de extensão para o Campus. Antes era só pesquisa, mas a partir de 2018, com apoio de técnicos e professores, submetemos projetos e passou a ser, também, extensão. Agora, para 2019, vamos construir e apresentar um plano de atividades”, esclarece.

Compromissos dos OMTs

O Pró-reitor de Extensão (Proex) do IFPA, professor Fabrício Medeiros Alho, no encerramento do evento ressaltou a importância do comprometimento de cada campus com a implantação e estruturação dos Observatórios locais. “Este Encontro é um canal de articulação e interação com atores importantes neste contexto do IFPA. Em 2018 os avanços foram poucos, pois era o período de institucionalizar a política aprovada no final de 2017. O Observatório é algo muito novo para os campi, cada um terá que se apropriar desta proposição. Precisamos pensar nas estratégias para fortalecer a nossa Rede OMT do IFPA. Precisamos visitar os campi, tratar de forma diferenciada cada um, dada as particularidades que enfrentam. Não podemos comparar o Campus Castanhal com o Campus Vigia, por exemplo. Dentro da disponibilidade orçamentária, por meio de projetos e ações estruturadas para pleitear os recursos junto ao Magnífico. E, ainda, temos a possibilidade de capitanear fomentos por meio de parcerias interinstitucionais", garantiu Fabrício Alho.

Alho afirma que, neste ano de 2019, será preciso avançar com os acordos de cooperação voltados aos OMTs. No ano passado foram firmadas 66 parcerias entre o IFPA, entidades privadas e públicas.

A próxima reunião do OMT ficou agendada para 1º de abril, onde os gestores terão oportunidade de participar de uma oficina para a elaboração do plano de trabalho anual de cada OMT.

 

Texto e foto: ASCOM IFPA Reitoria

 

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